A Ernst Young (EY) realizou esta terça-feira, 19 de Setembro, um evento centrado nos actuais desafios ESG (Governança ambiental, social e corporativa) na agenda das organizações.
De acordo com o relatório do World Economic Forum, em 2023, o top dez de riscos globais identificados é composto maioritariamente por riscos ambientais e sociais, entre os quais, falha da mitigação e adaptação das alterações climáticas, desastres naturais e eventos climáticos extremos, perda de biodiversidade e colapso dos ecossistemas, crise de recursos naturais, erosão da coesão social e polarização social. Neste sentido, a EY defende que há uma necessidade de as organizações estarem preparadas, a curto e logo prazo, para encarar estes desafios.
“Primeiro deve reconhecer-se que existem riscos climáticos e Moçambique tem sido um exemplo destes fenómenos, mas quando olhamos para a actividade empresarial, é preciso reconhecer estes desafios e actuar primeiro na mitigação. Enquanto isso, as empresas, assim como a sociedade no geral, devem aprender a adaptar-se a esta realidade” afirmou Manuel Mota, líder da EY na área de sustentabilidade e alterações climáticas em Portugal, Angola e Moçambique.
Apesar de ser um tema que ainda não se discute muito em Moçambique, Manuel Mota salientou que a existência de empresas estrangeiras, já focadas nesta temática, é uma grande vantagem para o País. “O facto de termos bancos com origem em Portugal ou na África do Sul, por exemplo, tem um impacto positivo, visto que estes se sentem, de certa forma, obrigados a direccionar capitais para actividades que estejam relacionados com a ESG”.
Além das acções das empresas, a educação também é vista como um factor-chave no combate a estes desafios, pois é preciso formar jovens com mais consciência sobre os impactos ambientais e que busquem organizações que defendam essas causas.
A par deste tema, Manuel Mota referiu ainda que Moçambique deve investir no futuro, garantir segurança no que diz respeito à disponibilidade de energia para as populações e fazer uma transição gradual para energias que sejam renováveis.