O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, elogiou a “conclusão bem-sucedida” do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) em Moçambique, depois de ter recebido o Presidente da República, Filipe Nyusi.
Uma declaração emitida pelo gabinete de António Guterres após a reunião, esta segunda-feira, 18 de Setembro, com o chefe de Estado moçambicano, à margem da 78.ª reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, refere que “o secretário-geral elogiou o Governo e o povo de Moçambique pela conclusão bem-sucedida da fase de desarmamento e desmobilização no âmbito do Acordo de Maputo para a Paz e Reconciliação Nacional de 2019”.
“O secretário-geral e o Presidente Nyusi discutiram os desafios da paz e do desenvolvimento no País”, acrescenta-se.
Iniciado em 2018, o processo de DDR, que abrange 5221 antigos guerrilheiros da Renamo, maior partido da oposição moçambicana, dos quais 257 mulheres, terminou em Junho último, com o encerramento da base de Vunduzi, a última da Renamo, localizada no distrito de Gorongosa, província de Sofala, no centro do País.
Aquela base fechou 30 anos e oito meses depois do fim da guerra civil moçambicana e a cerimónia representou o final do processo de desmobilização dos guerrilheiros que permaneciam nas bases em zonas remotas e que começaram a entregar as armas em 2019.
Neste momento, segundo o Executivo moçambicano, segue-se a fase de reintegração, que inclui o início do pagamento de pensões aos desmobilizados, também já em fase final de implementação.
O encerramento da última base faz parte do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado entre o Governo, a Frelimo e a Renamo em Agosto de 2019, o terceiro firmado entre as partes, tendo sido os dois primeiros violados e resultado em confrontação armada, na sequência da contestação dos resultados eleitorais pelo principal partido da oposição.