A maior reserva da vida selvagem da África do Sul, Kruger Park, e algumas empresas locais estão a opor-se aos planos de um novo posto fronteiriço operado por privados, destinado a acelerar as exportações de minerais para os portos de Moçambique, informou esta quinta-feira, 14 de Setembro, o portal de notícias Engineering News.
A empresa The Logistics, detida indirectamente pela African Infrastructure Investment Managers, planeia abrir uma nova rota em Komatipoort, a principal passagem terrestre da África do Sul a caminho de Maputo. O empreendimento situar-se-á no limite sudeste do Kruger Park, mais perto da reserva do que a actual travessia.
“As nossas preocupações prendem-se com o impacto negativo que esta proposta terá no ambiente, na biodiversidade e na área protegida do Kruger Park”, afirmou Isaac Phaahla, porta-voz da reserva, sublinhando que o parque apresentou as suas preocupações no âmbito do processo de avaliação do impacto ambiental.
O site revela que o novo posto fronteiriço proposto ajudará a aliviar a pressão sobre o actual ponto de paragem, onde uma fila de camiões que transportam minério de ferro, crómio e carvão pode estender-se por 30 quilómetros. O congestionamento tem provocado o caos na cidade de Komatipoort, uma vez que os camiões se tornam frequentemente um grande estrangulamento num corredor de exportação cada vez mais importante para as empresas mineiras da África do Sul.
A The Logistics pretende construir uma área de estacionamento nos arredores de Komatipoort, que terá instalações de imigração e alfândegas, e melhorar as estradas de cascalho existentes que os camiões utilizarão para seguir para um terminal ferroviário que foi construído no lado moçambicano da fronteira.
