O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou esta quarta-feira, 13 de Setembro, que a dívida mundial recuou em 2022, pelo segundo ano consecutivo, mas permanece acima do nível pré-pandemia.
De acordo com a última actualização da base de dados, a dívida total ascendeu a 238% do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2022, mais nove pontos percentuais relativamente a 2019.
Apesar da descida registada nos últimos dois anos, o FMI avisou que “a dívida continua elevada” e que a sua sustentabilidade é uma preocupação.
“As autoridades terão de ser inabaláveis, nos próximos anos, no seu compromisso de preservar a sustentabilidade da dívida”, vincou a organização num artigo divulgado esta quarta-feira.
Por sua vez, a dívida privada, que inclui a das famílias e a das sociedades não financeiras, desceu 12 pontos percentuais do PIB.
De acordo com o FMI, a China desempenhou um papel central no aumento da dívida global nas últimas décadas, com a sua participação na dívida das empresas não financeiras fixada em 28% (a maior do mundo).
Esta autoridade indicou também que mais de metade dos países em desenvolvimento está em situação de sobreendividamento ou em alto risco.
Assim, sublinhou que “os governos têm de adoptar medidas urgentes para ajudar a reduzir as vulnerabilidades da dívida”.