A bolsa nova-iorquina fechou esta quarta-feira, 13 de Setembro, em ordem dispersa, sem uma reacção clara a um relatório sobre o comportamento dos preços, que, segundo analistas, não deve motivar mudanças na trajectória da política monetária da Reserva Federal (Fed).
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice selectivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,20%, ao contrário do tecnológico Nasdaq, que progrediu 0,29%, e do alargado S&P500, que ganhou 0,12%.
O índice de preços no consumidor (IPC) relativo a Agosto, divulgado pelo Departamento do Trabalho, mostrou uma subida de 3,7%, em termos anuais, mais do que os 3,2% de Julho, mas também acima dos 3,6% esperados pelos economistas.
Esta variação é explicada principalmente pela subida das cotações do petróleo, com a componente do IPC relativa à energia a subir 10,5% em termos mensais.
Ao mesmo tempo, o índice subjacente, que exclui os produtos com preços mais voláteis, como os da alimentação e energia, baixou de 4,7% em Julho para 4,3%.
“O relatório sai próximo das expectativas e não colocou em causa a ideia de que a Fed vai fazer uma pausa na próxima semana”, disse Angelo Kourkafas, da Edward Jones, acrescentando que “a porta está aberta para uma nova subida (da taxa de juro de referência) em Novembro”.
O mercado obrigacionista reteve em particular a desaceleração da inflação subjacente, o que levou a uma baixa dos rendimentos, com o do título a dois anos (mais representativo das antecipações de política monetária) a baixar para 4,97%, dos 5,02% desta terça-feira.
Já quanto às acções, “um relatório mitigado deu um mercado mitigado”, comentou Ângelo Kourkafas. “Atravessamos um período de consolidação, depois de ganhos sustentados desde o início do ano. Não há propriamente um catalisador a esperar no curto prazo, antes da época dos resultados, que vai começar em meados de Outubro e deve trazer alguma volatilidade”, previu o analista, Ângelo Kourkafas.