O Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou esta quarta-feira (13), na província de Gaza, que o Executivo projecta vias alternativas à Estrada Nacional Número 1 (N1), para reduzir a dependência da única infra-estrutura que garante a ligação Norte e Sul.
A estrada alternativa poderá constar do próximo Programa Quinquenal do Governo, a ser aprovado pela Assembleia da República (AR), para assegurar que sejam discutidos os investimentos necessários para a operação.
Segundo o governante, o troço em projecção terá Gaza, no distrito de Macie, como ponto de partida, até Inchope, província de Manica, contornando a província de Inhambane, o que permitirá que as pessoas que saem do norte de Gaza possam ter alternativa para chegar às zonas Centro e Norte.
“A estrada poderá observar o troço Macia-Chókwè, Macarretana, Mabalane, Mapai, Massangena, Espungabera, Sussundenga, Chimoio e até Inchope, com a previsão de construção de uma ponte sobre o rio Save que liga Massangena, em Gaza, e Espungabera, em Manica, no Centro”, explicou Filipe Nyusi, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), assegurando que “já teve início o processo de mobilização de financiamento para a concretização da iniciativa”.
Falando durante a inauguração da Estrada Nacional Número 101 (N101), que liga a vila da Macia à cidade de Chókwè, na província de Gaza, Sul de Moçambique, Filipe Nyusi enfatizou que se “tem vindo a trabalhar arduamente para a introdução de estradas alternativas à N1 em alguns dos seus troços”.
O chefe de Estado moçambicano frisou que o País não pode continuar a depender de uma só estrada, visto que “qualquer situação anómala na via cria constrangimentos à circulação de pessoas e bens, sendo necessário reverter com a projecção de outras vias alternativas”. “Vimos isso em Cabo Delgado: para se chegar a Mocímboa, existe apenas único troço, e só quando tivemos problemas, é que pensámos numa alternativa. Mas já aprendemos”, concluiu.