O Banco Mundial melhorou em 0,1 pontos a avaliação sobre a capacidade de Moçambique utilizar eficazmente a ajuda financeira externa, face às políticas e instituições nacionais, ficando ligeiramente acima da média da África Subsaariana.
No relatório anual divulgado esta quarta-feira, 13 de Setembro, a instituição sustenta que “o aumento na nota reflecte a melhoria nas políticas e na gestão da dívida devido a reformas para melhorar o enquadramento regulatório do País, para fortalecer a gestão nas empresas públicas, e dos riscos orçamentais”.
Assim, o documento, da responsabilidade da Associação Internacional para o Desenvolvimento (IDA), o ‘braço’ do Banco Mundial para financiamentos concessionais aos países mais pobres, refere que “foram feitos progressos na inclusão social e na equidade através de mais igualdade de género e na capacitação dos recursos humanos na saúde e na educação”.
Contudo, os economistas da entidade financeira salientam que “são precisos mais esforços no desenvolvimento do sector financeiro, na garantia da estabilidade financeira e na contínua adesão às boas práticas contabilísticas internacionais”.
No documento, que melhora a nota de Moçambique de 3,1 pontos para 3,2, colocando o País ligeiramente acima da média de 3,1 pontos na África Subsaariana, defendem ainda que “os esforços para melhorar a governação, particularmente nos direitos de propriedade e no primado da lei, e lidar com as vulnerabilidades da transparência e responsabilização, são essenciais para melhorar o desempenho global”.
Na edição deste ano, relativa a 2022, o Banco Mundial melhorou a nota de 12 países africanos, mantendo 20 e piorando oito, e destaca que “apesar dos desafios económicos globais, mais países na África Subsaariana viram melhorias no seu resultado global da Avaliação Institucional e das Políticas Nacionais (CPIA), em comparação com o ano anterior”.
Esta avaliação institucional dos países e das políticas é feita anualmente pelo Banco Mundial, recorrendo a quatro grandes linhas de avaliação (gestão económica, políticas estruturais, políticas para a inclusão social e equidade e gestão do sector público e instituições) e 16 outros critérios.