A Eni anunciou esta quarta-feira, 13 de Setembro, que espera o primeiro fluxo de gás em Angola para 2026, resultante do primeiro projecto de gás não associado no país desenvolvido pela Azule Energy, consórcio que junta a petrolífera italiana à britânica BP.
O anúncio foi feito por Guido Brusco, director de operações (COO) de Recursos Naturais da Eni, na conferência Angola Oil&Gas que decorre esta quarta-feira e quinta-feira, em Luanda.
O responsável adiantou que o projecto se encontra actualmente com 16% de execução, sendo esperado o primeiro fluxo de gás para 2026, considerando que este terá um papel fundamental na geração de energia mais sustentável e será um catalisador para desenvolver a indústria petroquímica, em especial de fertilizantes.
O gestor anunciou também que a Eni está a avançar com um novo negócio “agro-bio”, um complexo agro-industrial com capacidade para 20 mil toneladas, devendo o primeiro óleo vegetal ser produzido já em 2024.
Por outro lado, está em estudo a implementação de uma bio-refinaria (unidade industrial que integra equipamento e processos de conversão de biomassa na produção de combustíveis, electricidade, calor e derivados refinados) no actual complexo de Luanda, indicou Guido Brusco.
As petrolíferas italiana Eni e britânica BP criaram, em 2022, a Azule Energy, nova companhia internacional de energia independente em Angola, um investimento de mais de dez mil milhões de dólares, para produzir petróleo e gás.
A Azule Energy é detida em 50% por cada uma das empresas e espera-se que, a prazo, seja o maior produtor em Angola, com participações em 16 concessões e na Angola LNG.