O Plano de Acção de Conservação da Floresta do Miombo e o Plano Director de Gestão do Risco de Desastres são prioridades de Moçambique a serem apresentadas durante a sua participação na 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28), que se realiza de 30 de Novembro a 12 de Dezembro próximo, no Dubai, Emirados Árabes Unidos.
“Levamos como carteira para a COP28 uma série de projectos e, com relação à mitigação, vamos apresentar a nossa estratégia de transição energética”, explicou a ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, após a reunião de preparação para a COP28.
De acordo com a governante, o País está a operacionalizar o Plano Director de Gestão do Risco de Desastre, avaliado em cerca de 600 milhões de dólares, que será apresentado na conferência e que constitui uma forma de ajudar na mitigação do impacto das mudanças climáticas.
“Moçambique contará pela primeira vez com um pavilhão nesta conferência, onde pretende expor as suas potencialidades, oportunidades de investimento, acções e iniciativas em curso, no âmbito da adaptação e mitigação às mudanças climáticas. O País leva ao evento seis áreas de interesse, com destaque para a adaptação às mudanças climáticas, o financiamento no âmbito destas, energias renováveis/transição energética ou mercado de carbono”, explicou.
No que diz respeito ao Plano de Acção de Conservação da Floresta do Miombo e do Grande Zambeze, a ministra afirmou que o Governo vai procurar estratégias para angariar financiamento para a execução do projecto.
Em Moçambique, o miombo representa cerca de dois terços da área florestal que se estende desde o norte da província de Gaza até ao rio Rovuma. Em termos socioeconómicos, beneficia, de forma directa ou indirecta, cerca de 300 milhões de pessoas ao nível da SADC, através da exploração de recursos minerais, florestais, agrícolas, pesqueiros, energéticos, turísticos, entre outros.
Em Agosto de 2022, líderes da África Austral assinaram a Declaração de Maputo para a protecção e conservação dos ecossistemas florestais de miombo na região, um instrumento que promove “acções conjuntas e integradas para a recuperação e gestão” dos recursos.