Os ministros do Petróleo de cinco países e responsáveis das principais organizações e multinacionais do sector vão estar em Angola, esta semana, para a conferência Angola Oil&Gas, centrada nos temas da segurança energética, descarbonização e desenvolvimento sustentável.
Além do responsável do país anfitrião, Diamantino Azevedo, juntam-se no centro de convenções, em Luanda, na quarta e quinta-feira (13 e 14), os titulares das pastas dos hidrocarbonetos, petróleo e recursos minerais da Guiné Equatorial, que também preside à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Senegal, República Democrática do Congo e Venezuela.
Os líderes das grandes petrolíferas mundiais, como a Total, a BP e a Chrevron, vão discutir estratégias de descarbonização e tendências globais no sector da produção upstream, bem como oportunidades de investimento para contrariar o declínio da produção em Angola.
A mobilização de capital para desenvolver as infra-estruturas, sobretudo refinarias, vai ser abordada por responsáveis de instituições financeiras e de fundos de investimento e haverá também uma sessão dedicada exclusivamente às mulheres do sector, com sete palestrantes do sexo feminino.
A optimização do potencial do gás em Angola é outro tema em destaque, tendo em conta o papel deste recurso como energia de transição.
Angola está a emergir como um player importante neste sector, tendo em curso o primeiro projecto de gás não associado – Quilima e Maboqueiro –, que deverá arrancar em 2026 e envolve um consórcio operado pela Azule Energy, tendo como parceiros a TotalEnergies, a Chevron e a Sonangol.
Ao longo destes dois dias serão também assinados vários acordos, incluindo um entre a Azule Energy (que associa a BP e a Eni em Angola) e a petrolífera estatal angolana Sonangol, para iniciativas de descarbonização, e outro que envolve a Ambipar e a Kini Energias, relativo à instalação de uma unidade industrial de equipamentos de sucção de resíduos.
Expandir e promover a exploração de novas descobertas, assegurar a participação dos angolanos no principal sector da sua economia, alcançar a auto-suficiência em combustíveis, abordar a narrativa de uma transição energética justa, desenvolvendo recursos de gás natural e outras fontes alternativas de energia, garantindo o desenvolvimento económico, são os principais destaques deste evento organizado pela consultora Energy Capital &Power.