A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), reunida este domingo, 27 de Agosto, em cimeira, reiterou o apoio ao Brasil e África na intenção de ocuparem um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, pedindo uma reforma da organização.
Na declaração final, aprovada ontem, 27 de Agosto, na 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo da comunidade lusófona, em São Tomé e Príncipe, os países insistiram na “necessidade de se avançar na reforma das Nações Unidas, em particular do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), com vista a reforçar a sua representatividade, legitimidade e eficácia, por meio da incorporação de novos membros permanentes e não permanentes e da melhoria dos respectivos métodos de trabalho”.
Nesse sentido, reafirmaram o seu apoio à aspiração de o Brasil de ocupar um assento permanente “num CSNU ampliado, bem como do continente africano, em estar representado com a categoria de membro permanente” naquele órgão.
Na conferência, os nove Estados-membros recordaram o endosso da CPLP às candidaturas do Brasil ao Conselho de Direitos Humanos (2024-26), na eleição a realizar-se em Outubro de 2023; do ministro Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União, do Brasil, à Junta de Auditores das Nações Unidas (2024-30), na eleição que se realizará em Novembro de 2023; e de Portugal a membro não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (2027-28), nas eleições previstas para Junho de 2026.
Saudaram também a eleição de Moçambique como membro não permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (biénio 2023-24).
A CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e realizou, neste domingo, a 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo, em São Tomé e Príncipe, sob o lema “Juventude e Sustentabilidade”.