O Governo garantiu, na sexta-feira, 25 de Agosto, que vai continuar a negociar com os médicos e outros profissionais de saúde, mesmo após a retoma das actividades na quinta-feira (24), em resposta à exortação feita pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.
Segundo a Agência de Informação de Moçambique, o compromisso foi assumido pelo primeiro-ministro, Adriano Maleiane, durante a visita de trabalho ao Instituto Nacional de Saúde (INS).
O primeiro-ministro afirmou que, apesar de ainda decorrerem negociações com os profissionais do sector da saúde, muito já foi feito e, por isso, resta apenas ver o que ainda está em falta. “Eu penso que as negociações começaram há já bastante tempo. Agora é só ver o que realmente ainda não está fechado para nos entendermos. O que temos de fazer é fechar, para não adiarmos a greve”, disse Adriano Maleiane, acrescentando que a sociedade não quer greves e o mesmo sucede com os profissionais de saúde.
O governante advertiu que as negociações devem carregar uma abordagem realista, tendo em conta “onde nós estamos e se aquilo que estamos a pedir é possível. É esse o diálogo construtivo que eu espero ter e tenho a certeza que vamos ter”.
O primeiro-ministro foi indicado, recentemente, pelo Conselho de Ministros para liderar um grupo de trabalho que vai conduzir as negociações com a Associação Médica de Moçambique (AMM). Por isso, foi nessa qualidade de líder do grupo de trabalho que o governante manteve, na sexta-feira, um encontro com o presidente da AMM, Milton Tatia.
Sobre a visita ao INS, Adriano Maleiane disse que saiu impressionado com o trabalho desempenhado: “o mundo enfrenta muitos desafios e o País não está atrás em matérias de investigação, como o controlo e vigilância das doenças”.
Maleiane visitou também a Empresa Nacional de Parque de Tecnologias (ENPCT), organismo público, de onde saiu igualmente satisfeito com os serviços de digitalização de documentos, que considera um processo que deve ser abraçado como forma de descontinuar a gestão de papéis. “Saio daqui com a certeza de que a empresa está a fazer o seu máximo. Eu fui lá ver a zona de digitalização dos documentos, que é uma plataforma que de facto devemos abraçar. Penso que vão vender, não só ao Estado, mas também para outros”, sublinhou o governante.