A grande mais-valia do orçamento invertido é que funciona até com as pessoas que costumam ter dificuldade em guardar dinheiro. A explicação é bem simples: ninguém pode gastar o que não tem, certo? E ao tirar do seu salário a fatia da poupança logo no primeiro dia, está naturalmente a limitar o montante disponível para gastos.
O orçamento invertido ajuda por isso à disciplina financeira. Não só porque vai ter de habituar-se a viver com o que tem na carteira, mas também porque terá de fazer escolhas e aprender a dar prioridade aos encargos que são realmente importantes.
De acordo com o portal Ekonomista, é mais fácil de implementar e manter do que outros métodos, uma vez que não o obriga a catalogar e registar cada despesa. A única decisão que terá de tomar é quanto dinheiro vai pôr de lado. Com o restante terá primeiro de pagar as despesas fixas para depois, e só depois, poder gastar o que sobrar (se sobrar).
Além disso, ter menos dinheiro disponível para gastar vai deixá-lo sem grandes alternativas a não ser reduzir os gastos por impulso. Se tiver de escolher entre pagar a conta da luz ou comprar um par de sapatos, vai ser fácil ir pela via mais consciente.
Pode custar no início, mas vai notar que, com o tempo, as suas despesas vão diminuindo gradualmente e as suas necessidades vão-se adaptando às suas reais possibilidades financeiras.
Apesar das enormes vantagens, é importante manter presente que os objectivos de poupança traçados devem ser razoáveis, ou seja, não pode definir uma poupança demasiado ambiciosa e ficar sem dinheiro para o resto do mês.
A poupança nunca deve atropelar as suas necessidades básicas, por isso o ideal é começar com um objectivo mais modesto e ir escalando com o passar do tempo.