Berlim está a desenvolver uma cidade sustentável, com o objectivo de provar que é possível construir urbanizações neutras em carbono e menos erosivas para o ambiente. Com o nome de “Berlin TLX”, a cidade está a nascer no histórico aeroporto de Tegel, fechado desde 2020, sendo que já conta com a existência de várias startups.
Segundo o portal de notícias Sapo, este bairro da capital alemã é um verdadeiro protótipo, com um investimento de oito mil milhões de euros (cerca de 549 mil milhões de meticais), para testar o desenvolvimento urbano sustentável. Estima-se que tenha vários complexos habitacionais para albergar dez mil pessoas, que não terão de andar mais do que cinco minutos para chegar às lojas, escolas, universidades e centros de saúde.
“O que precisamos de demonstrar é o sistema completo, onde tudo funciona em conjunto num distrito inteiro”, afirmou Jürgen Peterseim, director dos Serviços de Sustentabilidade da PwC Germany.
De acordo com as Nações Unidas, as cidades consomem 78% da energia do mundo e contabilizam mais de 60% das emissões globais de gases de efeito estufa. O transporte urbano, por si só, consome o equivalente a quatro mil milhões de toneladas métricas de CO2.
Berlim quer tornar-se climaticamente neutra até 2045 e construir mais bairros como o “Berlin TLX”, o que significa aderir à estratégia do triplo zero, através da construção de edifícios que consumam zero energia, que emitam zero carbono e que deixem zero resíduos.
Jürgen Peterseim avançou que a intenção é reduzir a utilização de cimento, metal e plástico, devido ao impacto energético destes materiais.
“Pretende-se, como tal, utilizar maioritariamente madeira de florestas das redondezas. Este processo acarreta mais custos de produção e mão-de-obra inicialmente, mas, de acordo com um estudo realizado em parceria com a Universidade Técnica de Berlim, poderá reduzir entre 20% e 25% os custos a médio prazo”, acrescentou.