Mais de 506 mil toneladas de minérios – 500 mil de titânio e seis mil de zircónio – estão armazenadas na empresa chinesa Ding Sheng Minerals, SA, que explora a mina de areias pesadas de Chibuto, na província de Gaza, há sensivelmente três meses, devido às dificuldades enfrentadas pelos altos custos de transporte rodoviário até ao porto de Maputo, de onde parte para a Ásia.
Apesar de admitir a retoma para breve, quando as condições estiverem criadas, Lei Wei, técnico da firma, considera que o ideal será reiniciar as exportações após a conclusão das obras em curso da construção da doca no distrito de Chongoene.
“A conclusão das obras da doca, que visa reduzir os custos de escoamento do minério até ao porto, deve acontecer, no máximo, até Fevereiro do próximo ano e, numa primeira fase, a infra-estrutura terá capacidade para receber navios de até 25 mil toneladas. Progressivamente, o escoamento de minérios será incrementado para navios de grande porte”, garantiu Lei Wei, citado pelo jornal notícias.
Falando à imprensa, durante a 12.ª sessão ordinária do Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do Estado, o representante da mineradora chinesa disse que a previsão da empresa era exportar, até Dezembro próximo, 351 mil toneladas de minérios, entre zircónio e titânio. Contudo, existem dúvidas sobre o cumprimento desta meta.
Entretanto, de acordo com a Ding Sheng Minerals, no primeiro trimestre deste ano, a mineradora exportou 1956 toneladas de titânio e 3396 toneladas de zircão.
As exportações realizadas até ao momento resultaram num encaixe de 5,5 milhões de meticais em impostos para os cofres do Estado moçambicano, no primeiro trimestre de 2023.
A concessão mineira à Ding Sheng tem um prazo de 25 anos e, durante este período, a previsão é que a empresa extraia anualmente um milhão de toneladas de ilmenite (óxido de titânio e ferro), além de areias pesadas, estas usadas em tintas, plásticos e cerâmica.