A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e a South African Oil&Gas Alliance (SAOGA) assinaram esta quarta-feira, 26 de Julho, em Maputo, um acordo para criar parcerias entre empresas moçambicanas e sul-africanas do sector do petróleo e gás.
“Este é um memorando de entendimento entre as duas instituições que, de facto, mostra o nosso compromisso, como sector privado, de alavancar a nossa indústria. Actualmente, fala-se do processo de industrialização que é um desafio que não pode ser enfrentado de forma isolada”, explicou o vice-presidente da CTA, Vasco Manhiça, acrescentando que “a África do Sul é uma potência a nível da indústria do óleo e gás e nós precisamos de trabalhar com este país para podermos criar condições para alavancar os nossos projectos”.
O vice-presidente da CTA entende que “o memorando que assinámos hoje vai permitir que trabalhemos com as empresas sul-africanas para aumentarmos a participação das empresas nacionais nos megaprojectos, colocando em prática o nosso projecto de conteúdo local porque não temos experiência nesta área. Acreditamos que, a longo prazo, o acordo vai trazer os seus frutos, porque vamos ter condições de criar mais empregos e dinamizar a nossa própria economia”.
Por sua vez, o presidente do pelouro de Recursos Naturais e Energia da CTA, Simone Santi, defendeu que este é um passo consolidado para parcerias com as empresas sul-africanas, tendo em consideração que o potencial que Moçambique tem na área da energia pode ser explorado pelas empresas moçambicanas através de tecnologias que a África do Sul possui. “A África do Sul é um mercado que possui empresas de alta tecnologia, por isso achamos oportuno criar uma parceria entre empresas moçambicanas e sul-africanas”.
Simone Santi acredita que as empresas sul-africanas nos sectores da energia e do gás podem ajudar as moçambicanas a participar na cadeia de valor dos megaprojectos, defendendo que estas constituem uma oportunidade para criar uma indústria.
“Temos de criar uma indústria ligada ao mundo da energia, temos de utilizar o gás para criarmos outros produtos, mas precisamos de conhecimento e tecnologia que, até hoje, vem de fora. Uma parceria com empresas sul-africanas que têm tecnologia e experiência é fundamental paras as nossas empresas”, apontou Simone Santi.