A Associação de Pequenos Importadores de Moçambique voltou a defender esta terça-feira, 18 de Julho, a necessidade de criar mecanismos concretos e imediatos para fazer face às longas filas de camiões na fronteira de Ressano Garcia, entre o País e África do Sul.
Citado pelo jornal notícias, o presidente da Associação, Sudecar Novela, referiu que as longas filas de camiões que transportam minérios concorrem para o aumento de assaltos nas proximidades do posto de Lebombo, o ponto de entrada da fronteira de Ressano Garcia.
Este cenário, segundo Novela, tem colocado em causa a actividade e pode afectar a escassez de bens alimentares nos principais mercados do País. Acrescentou, contudo, que não existe ainda a possibilidade de paralisação das importações por parte dos associados da agremiação, uma vez que o país vizinho é responsável por disponibilizar grande parte de produtos frescos.
“Só seremos obrigados a interromper as viagens no caso de os ataques se intensificarem. Por isso, há uma necessidade de reforço da segurança por parte das autoridades das duas nações”, disse o presidente da agremiação.
Novela apontou também que, para acabar com a longa espera na fronteira (até três dias), o ideal será que os camiões com minerais deixem de circular nas rodovias e se recorra ao transporte ferroviário.
O responsável defende que o País deve continuar a apostar na agricultura para garantir a redução de importações de alimentos. “A nossa produção ainda não é auto-suficiente para abastecer os mercados com itens como a batata e cebola”, explicou.