O vice-presidente sénior da ExxonMobil Upstream Oil and Gas, Peter Clarke, informou na terça-feira, 11 de Julho, numa conferência em Vancouver, Canadá, que o projecto de exportação de gás natural liquefeito (GNL) do Rovuma, em Moçambique, está no bom caminho para obter a aprovação final em 2025.
“Muito depende da situação de segurança, que tem sido muito bem gerida. O Governo local está a fazer um bom trabalho e esperamos ver mais notícias positivas a esse respeito até ao final do ano”, disse Clarke, citado pela Bloomberg.
A agência explica que esta é a primeira vez que a ExxonMobil estabelece um cronograma claro para o projecto desde que reviveu os planos para construir a planta onshore (em terra) paralisada em 2020 devido a uma insurgência ligada ao Estado Islâmico, que aumentou as preocupações de segurança. Uma aprovação até 2025 colocaria o projecto no bom caminho para arrancar até ao final da década. Originalmente concebida como uma fábrica que produziria 15,2 milhões de toneladas de gás por ano, a ExxonMobil prevê agora que a fábrica produza até 18 milhões de toneladas.
“A empresa pretende duplicar a sua carteira de GNL, que actualmente se situa em 24 milhões de toneladas por ano a nível mundial, até 2030, através de novos projectos, joint ventures ou acordos de compra de terceiros”, assinalou Clarke.
O responsável da ExxonMobil destacou ainda que “o projecto Papua GNL, na Nova Guiné, avançou para a fase de engenharia e concepção. A decisão final de investimento para a fábrica de seis milhões de toneladas de gás por ano poderá ser tomada no início de 2024, com arranque em 2028. A organização está a analisar selectivamente outros projectos de GNL nos Estados Unidos de América (EUA) para uma potencial expansão da sua carteira de fornecimento”.