A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) angolana comprometeu-se esta terça-feira, 4 de Julho, a melhorar as práticas de governação e a produtividade de Pequenas e Médias Empresas (PME), com o seu programa de inclusão no mercado de capitais.
O programa “Emergentes”, apresentado em Luanda, é a iniciativa da CMC que visa contribuir para a transformação económica e inclusão financeira de startups e PME, por via do mercado de capitais.
Para a presidente em exercício da CMC, Edna Mascarenhas, citada pela agência Lusa, a iniciativa lançada em Maio de 2022, a que concorreram mais de 100 empresas com a selecção de 20 potenciais concorrentes, visa congregar possíveis investidores no segmento de pequenas e médias empresas da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva).
“Esta iniciativa visa aprimorar as práticas de governação e gestão destes empreendedores, bem como maturar os seus produtos e serviços e, desta forma, estarem capacitados para a obtenção de financiamento no mercado de capitais”, disse a responsável.
Falando na abertura da cerimónia de apresentação do programa, que deve seleccionar apenas dez potenciais investidores, Edna Mascarenhas referiu que os seleccionados deverão receber “capacitação e mentoria. Estas já serão acompanhadas mais de perto pelos nossos parceiros e, então, depois, serão apresentadas aos potenciais investidores. O nosso grande objectivo é ter empresas no segmento de mercado de pequenas e médias empresas na Bodiva”, assinalou.
Segundo a responsável, com esta iniciativa da CMC, o mercado de capitais angolano será um grande aliado da produtividade, do crescimento e da internacionalização das empresas angolanas.
“Estamos todos empenhados no sucesso das prioridades estratégicas que definimos para este projeto, das quais destacamos soluções de financiamento como capitais de risco, através dos fundos ou sociedades de capital de risco, assim como o crowdfunding”, salientou.
A CMC lançou este projeto em parceira com a Academia do Empreendedor de Luanda (AEL) Acelera Angola, Deloitte Angola e Ernst & Young.
O presidente do Comité de Avaliação das Empresas do programa “Emergentes” e membro de direcção da AEL, Inocêncio das Neves, abordou, no encontro, o processo de selecção das empresas acreditando que venha a dinamizar e a promover as PME.
“O recurso ao mercado de capitais constitui um mecanismo de diversificação das fontes de financiamento das empresas para o consequente aumento da produção nacional e da empregabilidade. O foco é mesmo promover a inclusão das PME no mercado de capitais”, notou Inocêncio Neves, destacando o capital de risco, as obrigações corporativas e as acções como alguns mecanismos de financiamento.
Empresas dos sectores do comércio e prestação de serviço, tecnologias e telecomunicações, agricultura, apicultura e pecuária, exploração e indústria, seguros e transporte são alguns dos concorrentes ao programa “Emergentes”.