A companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) deixou de ser uma empresa tecnicamente insolvente dois meses após a entrada da comissão internacional, liderada pela consultora sul-africana Fly Modern Ark (FMA). Contratada para operar por um período de 12 a 18 meses, a Fly Modern Ark começou funcionar no País no dia 18 de Abril deste ano.
A informação foi revelada esta sexta-feira (30), pelo ministro dos Transportes e Comunicações, em Maputo, durante a cerimónia inaugural da nova rota aérea regional, que liga Maputo a Lusaka, com escala em Harare, no Zimbabué.
Para Mateus Magala, após a entrada FMA, a companhia aérea tem registado ganhos significativos, dentre os quais a redução do preço de tarifas em mais de 30%; o incremento da frota da LAM com mais duas aeronaves CRJ 900, com capacidade para 89 passageiros cada. A primeira aeronave iniciou operações no mês de Junho e a segunda entrará em operação em Julho; a melhoria da eficiência operacional que se traduz na redução de voos adiados ou cancelados, a consolidação da pontualidade, entre outros ganhos para o passageiro.
O governante destacou, igualmente, como ganhos para LAM, a abertura de novos destinos regionais, a contenção da despesa, aumento considerável da receita e consequente melhoria da situação financeira da empresa.
“Milagrosamente, a companhia que era tida como tecnicamente insolvente há três meses atrás é hoje tecnicamente solvente”, acentuou Mateus Magala.
Já esta sexta-feira, o ministro afirmou estar consciente que os “desafios para a reestruturação e rentabilização da LAM são enormes, mas os ganhos conseguidos, neste curto espaço de tempo, nos encorajam a acreditar que as reformas em curso não só eram necessárias, mas também efectivas”.
Quanto ao início de voos para Lusaka, Mateus Magala, assinalou que a nova rota visa fortalecer os laços entre os países vizinhos e promoção da conectividade regional.
“Nesta região, a companhia faz, actualmente, ligações aéreas entre Maputo e Joanesburgo, bem como Maputo e Harare, para além de Pemba e Dar-Es-Salaam.
A adição de voos visa aumentar as opções de viagem para os passageiros, eliminando a necessidade de escalas prolongadas ou rotas indirectas entre os países”, realçou a fonte, acrescentando que, a iniciativa vai promover o turismo, o comércio e a cooperação entre os países.
A companhia acredita que a nova rota trará benefícios mútuos para Moçambique, Zâmbia e Zimbabué, ao mesmo tempo que irá proporcionar mais uma opção aos passageiros da região.