A Estrada Nacional Número 1 (N1), a única que liga o Sul, Centro e Norte do País, tem sido palco de graves acidentes de viação, com várias mortes e quase sempre envolvendo transportes colectivos, um problema associado ao excesso de velocidade, segundo as autoridades, que também admitem a má condição da via em vários pontos.
Em virtude disso, o porta-voz do Governo, Filimão Suaze, revelou nesta terça-feira (27), que as grandes intervenções ao longo da via serão feitas a partir do início do próximo ano, acrescentando que actualmente estão a decorrer apenas pequenas intervenções por forma que minimizem os constrangimentos.
“Os grandes concursos públicos para a reabilitação da N1 vão começar a ser lançados no início do próximo ano. Por agora, garantimos que estão a acontecer intervenções específicas e de nível localizado”, afirmou a fonte, durante a conferência de imprensa no âmbito de mais um encontro do Conselho de Ministros.
Em Abril de 2022, o Governo anunciou a intenção de reabilitar a N1 e, segundo cálculos avançados na altura pelo Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, as obras estavam orçadas em 750 milhões de dólares. O Executivo já dispõe de metade do fundo proveniente do Banco Mundial, que aprovou, em Agosto de 2022, 400 milhões de dólares para o projecto Estradas Seguras e que inclui um apoio para a N1.
A reabilitação, que abrange a construção de um total de 13 portagens, vai incidir numa extensão de 1300 quilómetros dos 2477 quilómetros que a rodovia possui.
À parte da questão da N1, Filimão Suaze disse que o Conselho de Ministros apreciou o ponto de situação da reposição das infra-estruturas danificadas aquando da passagem do ciclone Freddy, que afectou o País entre os meses de Fevereiro e Março de 2023.