A Organização das Nações Unidas (ONU) revelou no seu mais recente relatório sobre o “Progresso Energético de 2023” que Moçambique está na lista dos 20 países no mundo com maior défice de acesso à energia, explicando que, dos mais de 30 milhões de habitantes existentes no País, um total de 22 milhões vivem sem electricidade.
“Moçambique tem um total de 22 milhões de habitantes que vivem sem energia, o que o coloca na lista dos países com maior défice de acesso à electricidade”, refere o documento da ONU, consultado nesta quinta-feira (8), pela Lusa.
Para colmatar esta situação, a Organização sugere o uso de energias renováveis, destacando que o Brasil está entre os países com maior percentagem de uso de fontes renováveis ao nível mundial.
De acordo com o documento, globalmente, cerca de 675 milhões de pessoas vivem sem electricidade, e o “crescimento do endividamento dos países assim como o aumento dos preços da energia estão a piorar as perspectivas de acesso universal à energia”.
Segundo a ONU, a situação condiciona o cumprimento do sétimo Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que propõe o acesso à energia eléctrica para todos até 2030.
No País, em específico, o Governo, juntamente com vários parceiros de cooperação, está a levar a cabo o projecto denominado “Energia Para Todos”, que tem como objectivo intensificar o acesso à electricidade para mais famílias e empresas a nível nacional, como contributo para a electrificação universal de Moçambique até 2030 definida na Estratégia Nacional de Electrificação (ENE) e aprovada pelo Conselho de Ministros a 16 de Outubro de 2018.
O projecto apoiará a expansão do acesso de energia às áreas periurbanas e rurais em todo o País, aproveitando e ampliando a rede eléctrica nacional existente e implantando mini-redes na base de geração solar em áreas não cobertas pela rede nacional.