O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido do poder em Angola, exortou esta quinta-feira, 8 de Junho, o Executivo a prosseguir com a “remoção das distorções” que prevalecem nos preços, saudando as medidas para reduzir o impacto da retirada dos subsídios aos combustíveis.
Num discurso proferido hoje na abertura da segunda reunião metodológica nacional sobre o trabalho do partido, a vice-presidente do partido, Luísa Damião, abordou a polémica retirada da subvenção aos preços dos combustíveis, encorajando o Executivo “a continuar a fazer de tudo para o equilíbrio macro-económico e a remoção das distorções que ainda prevalecem no nosso sistema de preços, aumentando os ganhos sociais das nossas populações”.
Segundo a dirigente do MPLA, se os preços não reflectem as condições do mercado, a “economia não pode funcionar de modo eficiente e fazem com que os níveis de investimento fiquem abaixo do seu potencial”.
“Por tal facto, saudamos as medidas para reduzir o impacto da retirada dos subsídios aos combustíveis, começando pela gasolina”, continuou Luísa Damião, enfatizando que o partido acompanhará os benefícios para as populações e revelando que “o organismo levará a cabo uma campanha de esclarecimentos para assinalar o bem fundado da medida e evitar desinformação e ruídos”, explicando às populações que “mais investimentos poderão ser feitos em sectores-chave, como a educação, a saúde, a segurança social, a habitação e, fundamentalmente, no combate ao desemprego”, disse.
Luísa Damião saudou a agenda diplomática do Presidente angolano que trouxe a Angola o primeiro-ministro português, António Costa, tendo sido assinados 13 acordos de cooperação bilateral, bem como a visita de trabalho do Presidente do Egipto, tendo sido assinado dois acordos.
Os resultados da reunião, sublinhou a vice-presidente do MPLA, não são apenas para 2023, tendo um “carácter estratégico”, visando o alinhamento das tarefas do MPLA.
Luísa Damião apontou que a realidade política é afectada por uma “dinâmica instável, incerta e difícil de controlar, em que os factores de percepção política tendem a ser manipulados com facilidade por grupos de interesses e pela força da nova media e expedientes antiéticos de alguns opositores”.