A Agência Coreana de Cooperação Internacional (KOICA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no País assinaram esta terça-feira, 6 de Junho, em Maputo, o acordo do “Projecto de Promoção de Resiliência aos Desastres e da Coesão Social no Centro e Norte de Moçambique” (2023-2026), com um orçamento estimado em 6,5 milhões de dólares americanos a serem implementados em quatro anos.
Este é um projecto cujo objectivo é contribuir para responder aos riscos de desastres e conflitos no País através de uma abordagem integrada visando melhorar as capacidades nacionais e subnacionais e das comunidades para antecipar, prevenir e enfrentar os riscos de desastres e conflito na região Norte e Centro.
Intervindo na ocasião, a directora da KOICA, Jinjoo Hyun, referiu que “o mundo está em constante mudança, pois verificamos conflitos, mudanças climáticas e riscos de carácter multissectoriais, tanto em países desenvolvidos e como nos em vias de desenvolvimento”, assinalando que “o conflito armado que se regista desde 2017 e o ciclone Freddy que se fez sentir no presente ano em Moçambique resultaram em vítimas e destruição de infra-estruturas. Com isto, é chegado o momento dos parceiros internacionais apoiarem o Governo moçambicano nas respostas que deve dar aos múltiplos riscos”.
A representante residente do PNUD em Moçambique, Christy Ahenkora, esclareceu que “através desta iniciativa, queremos congregar todos os intervenientes do sector de gestão e redução de riscos para que todos possamos trabalhar em conjunto”. E destacou: “com o apoio da Coreia do Sul, pelo qual estamos profundamente gratos, vamos despender um período de quatro anos, onde vamos investir cerca de 6,5 milhões de dólares em cinco províncias de Moçambique – Sofala, Manica, Nampula, Niassa e Cabo Delgado – nas quais esperamos contemplar 50 mil agregados familiares com especial atenção às pessoas mais carenciadas”.
Por sua vez, a representante do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGD), Teresa Pinto, apontou que o seu organismo está seguro dos impactos positivos do projecto cujos objectivos estão alinhados com as prioridades estratégicas de desenvolvimento de Moçambique plasmados no programa quinquenal do Governo no Plano Director de Riscos e Desastres, bem como na Política e Estratégia dos deslocados internos aprovada em 2021.
“Como entidade responsável pela redução de desastres naturais, o INGD espera, com este acordo, que se reforce o envolvimento das comunidades na preparação e resposta aos riscos e desastres e se aprimore os mecanismos de gestão e redução dos mesmos”, considerou Teresa Pinto.