O petróleo está a valorizar potenciado por declarações do maior exportador de crude do mundo, a Arábia Saudita, que afirmou este fim-de-semana que iria cortar a produção em cerca de um milhão de barris por dia, em Julho, e que poderá ser estendida, caso seja necessário, contrariando os ventos macroeconómicos que têm levado a uma queda nos preços desta matéria-prima.
O movimento acontece, segundo a Bloomberg, depois de a Rússia não ter admitido que se iria realizar um corte na produção assim como os Emirados Árabes Unidos, que asseguraram uma quota superior em 200 mil barris diários para 2024, garantia que terá sido dada por estar em risco a sua manutenção na OPEP.
O West Texas Intermediate (WTI), benchmark para os Estados Unidos, soma 1,37% para 72,72 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,27% para 77,1 dólares por barril.
O corte voluntário na produção saudita é parte de uma decisão tomada este domingo, 4 de Junho, pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), que inclui a Rússia, para limitar a produção em 2024, numa altura em que o grupo tenta aumentar o preço.
“A Arábia Saudita permanece mais interessada que a maioria dos membros em garantir preços do petróleo acima de 80 dólares por barril, o que é essencial para equilibrar o seu próprio orçamento para o ano”, afirmou Suvro Sarkar, analista de energia do DBS Bank, à Reuters.
“Os sauditas vão provavelmente continuar a fazer o que for necessário para manter os preços do petróleo elevados… e tomar os passos necessários para assegurar que as preocupações macro que os possam afectar e as procuras sejam negadas”, completou.