Membros do Governo, académicos e sociedade civil reuniram-se na última sexta-feira, 2 de Junho, na cidade de Maputo, num seminário de reflexão sobre a Conferência Crescendo Azul.
Trata-se de uma plataforma de diálogo nacional, regional, continental e internacional sobre os assuntos do oceano e economia azul, evento que já teve duas edições, a primeira em 2019, na capital do País, e a segunda em 2021, na cidade de Vilankulo, província de Inhambane.
Segundo Lídia Cardoso, ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, o Crescendo Azul é um evento com uma natureza temática transversal que, tanto na primeira como na segunda edição, exigiu um trabalho de envolvimento, coordenação, articulação e harmonização entre distintos sectores e entidades, incluindo estrangeiros.
“O fórum tem uma periodicidade bienal, pelo que este ano devia ocorrer a sua 3.ª edição, mas por causa da experiência e realidade dos eventos passados, no que diz respeito à organização e sustentabilidade, entendemos que uma reflexão, ponderados todos os prós e contras, se impõe, numa perspectiva inovadora e mais consentânea com a conjuntura doméstica, regional e não só”, disse Lídia Cardoso, citada pelo jornal notícias.
A governante espera que o encontro promova uma reflexão franca e aberta e resulte em sugestões que permitam fazer o melhor desenho, planificação e organização deste fórum, tendo em conta a sua sustentabilidade.
A responsável acrescentou que a primeira edição da Conferência Crescendo Azul projectou o País, transformando-o no epicentro do debate em torno dos oceanos, e a segunda edição atraiu as atenções do mundo, tornando-se num verdadeiro sucesso.
“Moçambique é um dos pioneiros na concepção e organização de eventos desta natureza em África, por isso, esperamos que os participantes deste seminário contribuam com o seu saber e inteligência e ajudem a encontrar os melhores caminhos para que a bandeira do Crescendo Azul continue firme e imponente”, salientou.
A dirigente referiu que está em consideração a possibilidade de transformação da conferência num fórum com mandato continental e com responsabilidades partilhadas em Moçambique e na União Africana, de modo que se maximize a sua contribuição para a agenda global dos Oceanos e da Economia Azul.