A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) criticou esta sexta-feira, 2 de Junho, a decisão do Governo de Angola de retirar subsídios da gasolina, considerando que a medida tem um impacto violento nos preços, na vida das famílias e das empresas.
O secretário-geral UNITA (maior partido da oposição), Álvaro Chikwamanga, citado pela agência Lusa, disse que não é sério uma medida tão importante, que “impacta de forma violenta” nos preços e consequentemente a vida das famílias e empresas, ser decidida em 1 de Junho e começar a vigorar no dia seguinte.
Falando em conferência de imprensa sobre o impacto da subida do preço da gasolina, que a partir desta sexta-feira passou a custar 300 kwanzas/litro (0,48 euros) contra os anteriores 160 kwanzas (0,25 euros), Álvaro Chikwamanga referiu que a decisão se traduz numa “falta de respeito ao povo”.
“É muita falta de respeito ao povo, falhar nas políticas e responsabilizar os cidadãos pelas consequências. É falta de sensibilidade, saber o melhor momento para adoptar uma política e fazê-lo no pior momento”, assinalou Chikwamanga .
O secretário-geral da UNITA apelou ao Presidente angolano a “compreender a sensibilidade” da questão dos subsídios aos combustíveis, “pelas suas repercussões sociais e políticas”.
O Governo angolano anunciou na quinta-feira a retirada gradual de subsídios à gasolina, que passa a custar 300 kwanzas/litro, mantendo a subvenção ao sector agrícola e à pesca.
De acordo com o ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, Manuel Nunes Júnior, as tarifas dos taxistas e mototaxistas vão ser subvencionadas, continuando os mesmos a pagar 160 kwanzas o litro de gasolina, cobrindo o Estado a diferença.