As autoridades da ilha de Hainan, no sul da China, anunciaram a venda de um terreno num parque industrial para a criação de um projecto de transformação de castanha de caju de Moçambique.
Num comunicado, a liderança do município de Haikou, capital da província insular, disse que o projecto da empresa chinesa Tiley Real Estate conta com a cooperação do Governo de Moçambique para garantir o fornecimento da castanha de caju, sublinhado que o mesmo prevê a “transformação em profundidade” do produto, incluindo a produção de extractos que podem ser usados na indústria alimentar e cosmética.
O projecto de castanha de caju de Moçambique deverá nascer num dos três primeiros terrenos vendidos no âmbito da primeira fase de um parque industrial dedicado à transformação de produtos agrícolas na zona de Meilan, em Haikou.
As autoridades da capital de Hainan revelaram que os três projectos representam um investimento total de 850 milhões de yuan (7,5 mil milhões de meticais) por parte da Tiley Real Estate, com sede em Shenzhen, junto a Hong Kong, no sul da China.
O comunicado prevê que, após entrarem em operação, os três projectos possam atingir receitas anuais de 1,1 mil milhões de yuan (9,7 mil milhões de meticais) e reforçar as receitas fiscais de Haikou em mais de 11 milhões de yuan (97 milhões de meticais).
A China eliminou em Setembro as taxas alfandegárias para 8786 tipos de produtos importados de 16 países em desenvolvimento, incluindo Moçambique, que representam 98% dos produtos importados desses países.
O vice-ministro moçambicano da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Olegário Banze, já havia dito, em Julho de 2021, aquando de um encontro com o representante permanente da China junto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, Guang Defu, que Moçambique queria expandir o comércio agrícola com a China