O grupo Jaipur International, dos Emirados Árabes Unidos, está a preparar a retoma de actividades do Complexo Agro-Industrial do Chókwè (CAIC), em Gaza, dando primazia à operacionalização da fábrica de processamento de arroz.
Segundo Eceu Muianga, administrador de Chókwè, a equipa de avanço da Jaipur International já recebeu as chaves das instalações e está no terreno a criar condições para a operacionalização desta unidade industrial que visa processar e conservar os cereais produzidos no perímetro irrigado daquela zona e não só.
De acordo com o responsável, citado pelo jornal notícias esta segunda-feira (29), a entrada em funcionamento deste empreendimento, há muito esperada, vai facilitar a comercialização de arroz, problema enfrentado, nos últimos anos, pela maioria dos produtores daquela região.
“O nosso distrito vinha sofrendo, desde 2019, com a problemática de falta de mercado para o arroz. Por isso, estamos felizes porque a partir deste ano a situação voltará à normalidade, pois a nossa indústria, a CAIC, entrará em funcionamento”, disse Eceu Muianga.
O governante destacou que a chegada de novos investidores é resultado dos acordos alcançados pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, aquando da visita efectuada aos Emirados Árabes Unidos.
“Como resultado desses acordos, desde há duas semanas que já temos cá os investidores da Jaipur International. Nos encontros que tiveram connosco deixaram a garantia de que vão comprar todo o arroz que o distrito produz”, indicou.
Entretanto, segundo o administrador, a pretensão coloca um desafio ao distrito, que passa por incentivar os produtores, que estavam desanimados, para a retoma da cultura de arroz em grande escala.
Neste momento decorre o processo da ceifa referente à primeira época, prevendo-se que sejam colhidas cerca de 11 mil toneladas produzidas em 3500 hectares. A procura de um novo investidor, capaz de revolucionar o CAIC, poderá responder à cadeia de produção de cereais e amêndoas, principal preocupação das autoridades de Gaza.