O Conselho Municipal de Maputo (CCM) pretende criar empresas de salubridade e infra-estruturas com o objectivo de melhorar a recolha e gestão de resíduos sólidos e acelerar a provisão de serviços básicos na cidade de Maputo.
A pretensão foi apresentada esta quinta-feira, 24 de Maio, na 20.ª Sessão Ordinária da Assembleia Municipal, cujo objectivo era a apreciação da proposta e balanço do cumprimento do plano de actividades do primeiro trimestre de 2023.
Em declarações ao jornal notícias, o porta-voz da Assembleia Municipal de Maputo, Edgar Muxlhanga, apontou que as propostas de criação das empresas surgem de um estudo sobre a necessidade de melhorar a provisão destes serviços.
“A limpeza da urbe é da responsabilidade do Executivo municipal, daí que seria viável a criação de uma empresa através da qual se poderia fazer a recolha dos resíduos, com a responsabilidade deste aprovar as taxas a pagar”, explicou Muxlhanga, acrescentando: “o município tem uma rede viária vasta, razão pela qual necessita de capacidade técnica, humana e, sobretudo, financeira o suficiente. Daqui decorre, portanto, a terciarização, mediante concurso e contratos a serem acordados entre as empresas e a edilidade, como a opção mais viável”.
Por sua vez, o presidente do município, Eneas Comiche, referiu que no quadro da articulação entre as actividades inseridas no projecto de transformação urbana e as regulares da edilidade, com o apoio do Projecto de Saneamento Urbano, decorrem procedimentos para a substituição do colector obsolecto entre a Avenida da Zâmbia e a Rua Ernesto Paulo, numa extensão total de 250 metros.
“Com a substituição e a reposição da pavimentação, estará melhorada a drenagem, e serão eliminados os pontos de acumulação de água que se verificam sempre que chove, contemplando ainda a melhoria da iluminação pública”, referiu Comiche.
O presidente do município de Maputo apontou ainda que as intervenções incluem a reconstrução dos ramais domiciliários e a pavimentação da estrada para resolver o problema das inundações na Rua Estácio Dias. Para o efeito, o empreiteiro que vai executar a obra já foi contratado, prevendo-se o início das actividades para breve.
Perante o desafio de reassentar as famílias afectadas pelas inundações de Fevereiro último, o responsável avançou que “o Governo da província de Maputo respondeu prontamente ao pedido de disponibilização de espaços, tendo sido atribuídas 13 parcelas no distrito de Marracuene, 120 em Matutuíne, 100 na Manhiça e igual número na vila de Boane”.