A balança comercial de Angola melhorou 7,6% no ano passado (2022), fruto de um aumento de quase 10% nas exportações, que compensou a subida de 14,4% das importações, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Os resultados definitivos do comércio externo (exportação e importação) apurados para o ano de 2022 indicam uma taxa positiva de variação anual de 9,91% para as exportações e 14,42% para as importações, quando comparados com os de 2021”, lê-se no documento consultado pela Lusa.
No ano passado, “a balança comercial de Angola registou um saldo positivo de 14,90 biliões de kwanzas”, acrescenta-se no relatório, que dá conta que, “comparando a evolução dos saldos entre 2021 e 2022, regista-se um crescimento de 7,59%” na diferença entre o valor das exportações e as importações.
Em 2022, Angola exportou o equivalente a quase 4,2 mil milhões de dólares, tendo importado quase 15 mil milhões de dólares, razão pela qual a balança comercial apresenta um saldo positivo ainda mais expressivo, já que as exportações representam mais do dobro do valor das importações.
O petróleo representa praticamente 95% das exportações de Angola, que tem como principal cliente a China, que compra 43,70% do total, seguida da Índia, com 10,24%, e a França, com 7,25%.
Segundo o INE, em sentido contrário, os principais fornecedores de Angola são a China, com 16%, Portugal, com 10,77%, e a Coreia do Sul com 9,24% do valor total das importações.
“Os grupos de produtos que tiveram maior participação no valor total das exportações foram, fundamentalmente, os combustíveis minerais, com 94,92%, as perólas, pedras e metais preciosos, com 3,97%, enquanto no valor total das importações os grupos de produtos que mais se destacaram foram os combustíveis minerais, com 22,42%, máquinas e aparelhos, com 18,57%, e alimentares, com 12,24%”, lê-se ainda no relatório do INE.