O engenheiro de Ciência de Dados no INCM (Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique), Reinaldo Zelela, informou, na passada segunda-feira (22), que a instituição que representa deverá introduzir, até Outubro deste ano, cartões SIM biométricos em substituição dos actualmente em uso.
Reinaldo Zelela falava depois do workshop de apresentação das Normas Técnicas de Registo e de Central de Risco realizado no âmbito da implementação do Regulamento sobre Registo de Subscritores dos Serviços de Telecomunicações, recentemente aprovado pelo Conselho de Ministros.
A fonte referiu que neste momento está em discussão, entre a entidade, operadoras de telefonia, instituições bancárias, prestadoras de serviços de TV e outras instituições, a aprovação da norma técnica uma vez que o regulamento já foi aprovado pelo Governo.
“Na prática, nós precisamos de saber como é que a iniciativa será implementada. Estamos a discutir devidamente com os operadores e prestadores de serviços os mecanismos com vista à materialização do registo e como é que irá funcionar”, explicou Reinaldo Zelela, citado pela Lusa.
O responsável detalhou que a biometria, que será o elemento mais relevante para a identificação das pessoas que traficam na rede, vai corresponder ao registo, com um número único, de todos os indivíduos maiores de 21 anos, ou menores com tutela, para que, com base em impressão digital, imagem e outros elementos, possa ser criado um Número Único das Telecomunicações (NUTEL).
“O elemento importante é a introdução da biometria porque queremos assegurar que todos os indivíduos que estiverem a usar o serviço na rede de telecomunicações seja identificável. Precisamos de ter a certeza de que qualquer operação está a ser feita pela pessoa certa”, destacou.
Este mecanismo introduz também a Central de Risco, um sistema onde serão adicionados todos os indivíduos que praticam actos ilícitos.
No workshop, estiveram presentes os operadores de serviços de telecomunicações e prestadoras de serviços públicos baseadas em redes de comunicações, bancos e seguradoras.