O primeiro-ministro, Adriano Maleiane, revelou esta quarta-feira, 24 de Maio, que até 2030 Moçambique poderá registar um crescimento acima de 10%, o que vai resultar da diversificação da economia e no desenvolvimento da indústria extractiva.
A informação foi avançada durante a reunião com estudantes de Economia de diversas universidades de Maputo para falar sobre a economia nacional: “estágio e perspectivas”.
Conforme referiu o governante, Moçambique vinha a registar com um crescimento positivo até 2019, mas, em 2020, com a eclosão do covid-19 viu, pela primeira vez em muitos anos, um decréscimo que atingiu 1,3%. Entretanto, no ano passado, “a economia moçambicana retomou a trajectória de crescimento, com 4,2%, e para este ano, está projectado para ultrapassar os 5%”.
Mais adiante, o primeiro-ministro explicou à comunidade estudantil que 78% da economia nacional é financiada pelo Investimento Directo Estrangeiro (IDE), o que, no seu entender, não é sustentável, pois quando este tipo de investimento diminui, o País fica numa situação difícil para se financiar. E para ultrapassar este problema, sugeriu que os jovens apostem na criação das suas empresas.
“Precisamos de empresários nacionais e tem de sair de vocês, jovens. Só assim é que podemos reverter este quadro”, desafiou Adriano Maleine.
Para o governante, a outra aposta que o País tem de fazer é na agricultura, visto que 23% do Produto Interno Bruto provém deste sector. Por isso, “na cadeia de valor da agricultura são necessários técnicos de outras áreas como informáticos, financeiros, gestores de transportes, entre outros”.
“A nossa aposta é utilizar a agricultura para promover outras áreas. Aliás, a agricultura não é apenas para velhos. Há muitos jovens que estão a ganhar dinheiro nesta área”, frisou Maleiane.