O Governo moçambicano, através do Ministério da Economia e Finanças, reiterou, nesta terça-feira (23), a necessidade de haver mais envolvimento do sector privado nos processos de criação de resiliência, face à ocorrência dos eventos climáticos extremos que têm afectado vários países, com destaque para Moçambique.
Intervindo durante a reunião anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que decorre esta semana em Sharm El-Sheik, no Egipto, o vice-ministro da Economia e Finanças, Amílcar Tivane, afirmou que as questões de resiliência não dizem respeito somente ao sector público, havendo, por isso, a urgência de incluir o sector privado em todas as acções que visam o desenvolvimento do País.
Segundo a governante, é satisfatório o papel desempenhado pelas empresas, mas é preciso fazer mais, pois as mudanças climáticas são uma realidade e as soluções devem ser combinadas.
“O sector privado é um actor-chave e deve ser envolvido nas acções de mudanças climáticas, pois o processo não envolve somente o público. É importante que se tenha acesso a informação sobre arquitectura e formas de desenvolvimento, para que os países estejam a evoluir dentro dos padrões internacionalmente aceites”, acrescentou.
No Egipto desde esta terça-feira, o vice-ministro chefia uma delegação que inclui a directora nacional do Tesouro, Chamila Aly, e a directora Nacional da Dívida Pública, Isabel Sumar, para além de quadros do Banco de Moçambique. Amílcar Tivane deverá também manter vários encontros, entre os quais uma reunião sobre a Mobilização de Financiamento do Sector Privado para o Clima e o Crescimento Verde em África, e intervir em debates relacionados com o acesso à energia, adaptação climática e segurança alimentar.