Moçambique está a mobilizar recursos financeiros, junto do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), para a instalação de três radares meteorológicos de grande alcance, dos sete necessários a serem montados até 2027, sendo que o primeiro destes foi já instalado e a funcionar.
Segundo o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, o País estabeleceu uma unidade específica para a gestão de cheias e secas, cujo objectivo é estudar, analisar, prever e mapear os riscos hidrológicos.
Para o efeito, o governante, que falava esta terça-feira, 23 de Maio, em Genebra (Suíça), durante o congresso da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), defendeu a necessidade de se dotarem os serviços meteorológicos e hidrológicos nacionais de recursos para a melhoria dos seus sistemas prévios até 2027, sobretudo nos países em desenvolvimento, onde as necessidades são mais acentuadas e os recursos são escassos.
“É preciso apostar em sistemas e soluções integradas, como recomenda, por exemplo, o relatório da missão da OMM a Moçambique pós-ciclone Idai, além de assegurar a funcionalidade e manutenção dos equipamentos e infra-estruturas a serem instalados e envolver o sector privado e parceiros de cooperação no financiamento e implementação de soluções específicas”, sublinhou Mateus Magala, num evento sobre a importância e pertinência do sistema de aviso prévio.
De referir que o Governo desenvolveu um programa denominado “Um Distrito, Uma Estação Meteorológica”, uma iniciativa presidencial que visa expandir a rede de observações meteorológicas no País e assim melhorar o seu sistema de aviso prévio.