Angola precisa de um bilião de dólares para aplicar a sua Estratégia de Longo Prazo nos próximos 27 anos (ELP-Angola 2050), anunciou o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João.
O ministro falou em Luanda, após a apresentação da ELP-Angola 2050, actualmente em consulta pública, a organizações internacionais, agências de desenvolvimento e missões diplomáticas.
Segundo Mário Caetano João, citado pela agência de notícias angolana, Angop, este é o valor que a economia vai precisar para dar o salto que o Governo angolano pretende até 2050, devendo ser mobilizado via investimento directo estrangeiro, recursos dos cidadãos e banca comercial.
O governante apontou o capital humano (educação, saúde e outros), infra-estruturas (produção, transporte e distribuição de energia eléctrica) e diversificação como prioridades na nova dimensão de crescimento económico do país e frisou a necessidade de reforçar o ensino pré-escolar, até “aos 5 anos”.
O ministro afirmou que o Executivo angolano vai colocar mais instrumentos financeiros no mercado para promover o agro-negócio e destacou o investimento em infra-estruturas como “factor dinamizador do crescimento económico inclusivo, da produtividade e do desenvolvimento social”.
A ELP é a ferramenta base que apresenta as opções estratégicas de desenvolvimento a longo prazo do país e prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) não petrolífero crescerá 3,3 vezes, até 2050, passando de 84 mil milhões para 275 mil milhões de dólares, enquanto a população aumentará dos actuais 32 milhões para 70 milhões de habitantes.
O documento prevê igualmente que o PIB per capita não petrolífero aumente 1,2 vezes, saindo dos actuais 3,7 mil para 4,2 mil dólares, contando com o suporte das exportações não petrolíferas que deverão crescer 13 vezes mais, passando de cinco mil milhões para 64 mil milhões de dólares.
O PIB, actualmente, cifrado em 122 mil milhões de dólares, deverá atingir 286 mil milhões de dólares, ou seja, 2,4 vezes mais, e a dívida pública conhecerá uma redução de 6%, saindo dos 66% para 60% sobre o PIB.
Segundo as projecções, nos próximos 27 anos, a esperança de vida dos angolanos aumentará seis anos, de 62 para 68 anos, enquanto a taxa de mortalidade de menores de 5 anos reduzirá de 71 por mil nados vivos para 19 por mil nados vivos.
O desemprego deverá diminuir 10 pontos percentuais, de 30% para 20%.