As conversações entre o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o líder da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, fazem parte de uma série de reuniões de última hora para tentar aprovar um aumento do tecto da dívida antes que o país entre em incumprimento, o que poderá ocorrer já no próximo dia 1 de Junho.
“Acho que o tom desta noite foi melhor do que em qualquer outra altura (…) Sinto que foi produtivo”, explicou o republicano Kevin McCarthy à saída da Casa Branca, nesta segunda-feira, 22 de Maio.
Ainda assim, McCarthy criticou as propostas democratas por implicarem o aumento da despesa pública e afirmou que os Estados Unidos “têm um problema de despesa”.
No entanto, o conservador disse que, provavelmente, vai manter conversações com Joe Biden todos os dias até que o impasse da dívida seja resolvido.
Por seu turno, Joe Biden sublinhou que ambos excluíram a possibilidade de uma suspensão dos pagamentos e que a única forma de avançar é com um acordo bipartidário, indicou a Casa Branca, em comunicado. “Embora haja áreas em que discordamos, vamos continuar a discutir como avançar”, acrescentou o democrata.
As conversações desta segunda-feira são as últimas de uma série de reuniões de última hora entre os representantes máximos dos dois maiores partidos e o Governo, para tentar aprovar um aumento do tecto da dívida antes que o país entre em incumprimento.
Os Estados Unidos nunca entraram em incumprimento da dívida, mas essa possibilidade surge de vez em quando, porque, ao contrário de outras nações, o poder executivo só pode emitir dívida até ao limite estabelecido pelo Congresso, que tem o poder de suspender o tecto se assim o entender.
O Presidente norte-americano decidiu suspender uma viagem a Austrália e à Nova Zelândia, depois da cimeira do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (G7) no Japão, para regressar mais cedo a Washington e prosseguir as negociações.