A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) promoveu, recentemente, na cidade da Beira, província de Sofala, um seminário sobre o mercado de capitais, que juntou empresários de todas as províncias do País, com o objectivo de apresentar os seus serviços e produtos aos homens de negócios.
Segundo o presidente do Conselho de Administração (PCA) da BVM, Salim Valá, a instituição que dirige é um instrumento alternativo de financiamento das empresas com custos mais reduzidos, mas, em contrapartida, estas devem ser bem governadas e geridas, ter boa saúde económico-financeira e contas auditadas para atestar a sua transparência.
O encontro foi realizado numa altura em que a BVM tem o desafio de convencer empresas privadas sediadas fora da cidade de Maputo a alistar-se na instituição. A este respeito, Salim Valá assegurou aos empresários que a BVM é uma espécie de “marca registada e mecanismo que confirmam a reputação da empresa”, com múltiplas vantagens que não se resumem apenas às facilidades de financiamento.
“Os benefícios são a possibilidade de ampliar a visibilidade da empresa, permitir atrair investidores, dispersar o risco de investimento, beneficiar-se de incentivos concedidos pelo Estado para as empresas e investidores que usam a BVM, bem como facilidades no estabelecimento de parcerias empresariais”, enumerou o responsável.
Salim Valá referiu que a BVM detém, actualmente, 13 empresas cotadas, com uma capitalização bolsista de 25,47% do Produto Interno Bruto (PIB), e três mercados, nomeadamente o de cotações oficiais (para o Estado e as grandes empresas), outro para as Pequenas e Médias Empresas (PME) e o último mercado voltado para a incubação, preparação e transição das empresas para os Mercados Oficiais de Bolsa.
“Não acreditem nos preconceitos, nos mitos e falácias sobre a Bolsa de Valores. Há muitas informações erróneas que circulam, dando conta que a Bolsa é uma montanha difícil de escalar. Conversem com os gestores das empresas cotadas e vão confirmar que não é um processo longo, moroso e oneroso”, garantiu a fonte, explicando que, “obviamente que sendo um mercado estruturado e regulamentado, há requisitos por cumprir, mas isso está ao alcance de diversas empresas, incluindo as PME. A Bolsa está disponível para acolher empresas de vários ramos de actividade e localizadas em diferentes geografias do País”.
O PCA referiu, igualmente, que o uso das parcerias institucionais pode ajudar a atrair para o mercado de capitais empresas que se encontram fora da capital do País.