O ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, instou nesta terça-feira (2) o Japão a investir mais em Moçambique, sobretudo no sector dos fertilizantes e nos parques industriais, acrescentando o desejo de querer ver aquele país asiático na lista dos principais investidores.
“Moçambique e Japão podem e devem criar sinergias para minimizar as adversidades ambientais e incertezas da actual situação económica mundial através de investimentos nos sectores da agricultura, infra-estruturas, energia, transformação de recursos minerais, indústria, turismo e hotelaria”, afirmou o ministro durante a cerimónia de abertura do Fórum de Investimento Moçambique-Japão.
O governante apelou para que o país asiático redireccione os seus investimentos para projectos desenvolvidos nos países africanos, sobretudo em Moçambique.
“Dada à capacidade competitiva do Japão no domínio tecnológico, temos uma expectativa do seu regresso à lista dos maiores investidores”, considerou Silvino Moreno.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), Álvaro Massíngue, afirmou que as empresas não detêm ainda financiamento suficiente para viabilizar os seus projectos. “Neste momento, existem vários na área da indústria que precisam de ser visibilizados e esta é a altura de os empresários nacionais aproveitarem a presença dos empresários japoneses para os apresentarem”, defendeu.
Diante das preocupações levantadas, o ministro japonês de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Yamada Kenji, reafirmou o compromisso do Governo do seu país em expandir as áreas de financiamento.
“Moçambique é uma nação para a qual o Governo japonês pretende trazer mais sustentabilidade para as suas potencialidades: Por isso, vamos continuar a reforçar o quadro de investimentos para alavancar a economia moçambicana”, secundou Yamada Kenji.
Este Fórum de Investimento é um evento organizado pelo Ministério da Indústria e Comércio, através da Agência para a Promoção de Investimentos e Exportações (APIEX), em coordenação com a Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) e a Embaixada do Japão.