A Confederação das Associações Económicas (CTA) realizou esta quinta-feira, 27 de Abril, na cidade de Chimoio, província de Manica, a sua 11.ª edição do Índice de Robustez Empresarial referente ao terceiro trimestre, onde apontou que o indicador baixou um ponto percentual para 28% face aos 29% do quarto trimestre, como resultado do impacto do sector do turismo que registou uma queda na procura.
A pesquisa periódica da CTA sobre o clima de negócios aponta os custos dos combustíveis e a subida das taxas de juro como sendo os principais factores que têm estado a afectar o desempenho empresarial.
No relatório da pesquisa, a CTA destaca que a recente medida do Banco de Moçambique de reduzir a comparticipação na factura de importação de combustível de 100% para 60% e a já anunciada subida dos respectivos preços colocam pressão sobre os custos das empresas, destacando também a mais recente decisão do Governo de transformar a Bolsa de Valores de Moçambique em sociedade anónima.
“É importante que estas reformas continuem ao nível do mercado de capitais para permitir o seu desenvolvimento”, disse Vasco Manhiça, vice-presidente da Confederação. E continuou: “a CTA sempre defendeu estas reformas e adicionamos que a Bolsa de Valores de Moçambique deve obrigar os bancos comerciais que pretendam continuar a trabalhar nos mercados de capitais a constituir-se subsidiárias para o efeito”.
Ainda sobre a transformação da BVM em S.A., a CTA defende a retirada da licença de corretagem aos bancos para acabar com conflitos de interesses na intermediação para o acesso à Bolsa de Valores.
No evento de apresentação do Índice de Robustez Empresarial, para além do agro-negócio, uma actividade proeminente naquela região do País e importante para toda a economia moçambicana, foi objecto de reflexão o branqueamento de capitais, tendo em conta as acções em curso para tirar Moçambique da lista cinzenta do Grupo da Acção Financeira Internacional.