O Governo moçambicano defendeu esta quinta-feira, 13 de Abril, que a promoção de investimento na agricultura comercial, conectividade, transporte rural, mudanças climáticas e desenvolvimento costeiro deve ser a prioridade do financiamento de 500 milhões de dólares, assegurado pela agência de apoio externo norte-americana Millennium Challenge Corporation (MCC, na sigla inglesa).
“Os importantes e estratégicos investimentos a serem feitos em Moçambique, em sede do Compacto II, irão reflectir-se certamente na agenda de crescimento, desenvolvimento económico e social e combate à pobreza, objectivos nos quais Moçambique e os Estados Unidos da América (EUA) estão em sintonia”, disse o ministro moçambicano da Economia e Finanças, Max Tonela, em Washington.
Segundo um comunicado divulgado pelo Ministério da Economia e Finanças, o apoio à construção da resiliência face ao impacto das mudanças climáticas constitui uma área com maior necessidade de intervenção.
Max Tonela avançou que “a crescente tendência para a ocorrência mais cíclica de fenómenos naturais, mais destrutivos e severos” impõe acções de financiamento urgentes.
O governante apontou a província da Zambézia, no Centro do País, como o principal destinatário dos projectos que serão desenvolvidos no âmbito do financiamento do MCC.
A este respeito, a presidente executiva do organismo, Alice Albright, entende que a preservação do mangal e o apoio às actividades pesqueiras, acções integradas na mesma área das mudanças climáticas e desenvolvimento costeiro são uma abordagem lúcida sob o ponto de vista de promoção do desenvolvimento das comunidades. “Aprecio, em particular, o facto de o Executivo moçambicano estar a trabalhar com dois parceiros especializados neste domínio, nomeadamente a Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) e o Fundo para o Desenvolvimento da Economia Azul (ProAzul)”, destacou.
Por seu turno, Kennet Miler, director do MCC em Moçambique, adiantou que está em curso o processo de aprovação final das verbas asseguradas por esta entidade.
“Está tudo a correr muito bem [para a aprovação final da verba], temos um pacote de 500 milhões de dólares que está em discussão e estamos na fase final para a sua aprovação”, enfatizou Miler.