Pelo menos 302 pessoas morreram e mais de um milhão foram afectadas por desastres naturais em Moçambique na actual época chuvosa, indica um relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).
A maioria dos óbitos foram causados por desabamento de paredes, afogamentos e relâmpagos, refere o INGD na nota divulgada esta sexta-feira, 14 de Abril, que informa também que a província de Zambézia registou o maior número de óbitos, com um total de 179, seguida da de Sofala, com 27.
Desde 1 de Outubro de 2022 até 3 de Abril deste ano, os desastres naturais fizeram também 807 feridos, destruíram parcial e totalmente 222 088 casas e inundaram outras 80 560.
“O mau tempo afectou ainda 1043 escolas, 1 198 261 alunos e 14 765 professores”, avança o INGD.
A época chuvosa 2022/2023 foi também marcada pela passagem do ciclone Freddy, que causou a morte de pelo menos 169 pessoas e afectou mais de 200 mil famílias.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, e está agora em plena época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de Outubro e Abril, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.