O volume de produção da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) aumentou, no ano passado, em cerca de 5,9%, comparativamente a 2021. Assim sendo, até dia 31 de Dezembro de 2022, a empresa atingiu a produção de 15 753 GWh contra os 15 693 GWh previstos para até o período em referência.
Em comunicado tornado público através do seu portal oficial, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), uma das maiores produtoras independentes de energia de África, avançou que registou, em 2022, uma produção global de 15 753 GWh, correspondente a 5,9% acima do volume da produção alcançada em 2021. Esta produção terá gerado receitas consideráveis e reforça os indicadores financeiros e de gestão da empresa, face às necessidades de investimentos na revitalização do sistema electroprodutor.
Em termos de realização, a empresa sediada na província de Tete esteve bem próximo dos 100%, ao atingir a produção de 15 753 GWh contra os 15 693 GWh previstos para o período em análise.
“Os investimentos estratégicos nos projectos de reabilitação e modernização do parque electroprodutor, mormente a terceira fase da reabilitação da subestação do Songo e a segunda fase de reabilitação da central hidroeléctrica sul, irão melhorar os níveis de performance operacional, estender a vida útil dos activos de geração e conversão para mais de 25 anos e ainda incrementar a capacidade produtiva da central, dos actuais 2075 MW para cerca de 5%, e, dessa forma, acrescer as actuais receitas do empreendimento hidroeléctrico de Cahora Bassa no médio e longo prazo”, avançou Boavida Muhambe, presidente do conselho de administração da HCB.
Ainda durante o ano de 2022, as acções da HCB fecharam em referência com uma cotação de 2,35 meticais por acção, uma variação de 21,7% negativa, se comparada ao preço da acção a 31 de Dezembro de 2021. De Janeiro a Dezembro de 2022, foram negociadas 2 590 850,00 acções, no valor aproximado de 4,8 milhões de meticais.
Em relação à disponibilidade de recursos hídricos na albufeira, segundo a empresa, a quota situava-se, a 31 de Dezembro de 2022, em 321,9 metros acima do nível médio das águas do mar, um volume útil armazenado de cerca de 80% e uma capacidade de encaixe suficiente para garantir a segurança hidráulico-operacional da barragem e infra-estruturas conexas e minimizar possíveis impactos negativos nas comunidades das zonas ribeirinhas a jusante da barragem de Cahora Bassa, salvaguardando a contínua geração de energia hidroeléctrica.
Para o ano de 2023, a empresa tem planificada a meta anual de produção de 14 292 GWh, um valor comparativamente abaixo da produção verificada em 2022, devido às intervenções de reforço da manutenção.