Os parceiros de cooperação do Governo moçambicano disponibilizaram nesta terça-feira (4) um pacote de 2,3 milhões de dólares para a execução do projecto de transição do sector informal para formal, com enfoque na área da comercialização agrícola.
Com a duração de quatro anos, a implementação e gestão do projecto estará a cargo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento da População (PNUD).
Para o secretário permanente do Ministério da Indústria e Comércio, Jorge Jairoce, a iniciativa vai impulsionar os trabalhos de fiscalização da produção feita no País, por forma que evite a comercialização desregrada como tem acontecido frequentemente.
Por sua vez, o economista sénior do PNUD, Alex Rodriguez, explicou que o projecto se centra na revisão da legislação, no desenvolvimento e promoção de novos serviços financeiros, no reforço das capacidades dos intermediários do sector informal e na criação de uma plataforma do sector da comercialização agrícola.
“É claro que o programa não pode resolver todos os problemas de formalização do País. A economia informal tem um forte impacto, portanto este projecto vai servir como um impulso. No entanto, propomos a capacitação dos operadores informais para que o processo de transição tenha sucesso”, referiu Alex Rodriguez.
De acordo com as projecções do Instituto Nacional de Estatística, há, em Moçambique, cerca de 13 milhões de pessoas a exercer várias actividades no sector informal, principalmente na área agrícola.