O número de vítimas mortais provocadas pelo ciclone Freddy, que causou inundações e impressionantes deslizamentos de terra na África Austral, pode passar de 1200 mortos no Maláui, já que as esperanças de encontrar sobreviventes diminuem a cada dia, informaram as autoridades policiais daquele país.
Segundo o diário português Jornal de Notícias, o ciclone matou 676 pessoas no Maláui, o epicentro da catástrofe. E o Departamento Nacional de Gestão de Desastres afirma que as probabilidades de encontrar os 538 desaparecidos, passadas duas semanas do desastre, são diminutas.
As operações de rastreamento com cães continuam em alguns lugares, “sobretudo, na cidade de Blantire, duramente atingida”, referiu o secretário para o Governo Local e Desenvolvimento Rural, Charles Kalemba, na quarta-feira (29).
“Tendo em conta o número de dias decorridos, as chances de encontrar pessoas com vida são mínimas. Vamos esperar que a polícia declare quando poderemos considerar que as pessoas desaparecidas faleceram”, sublinhou.
Esta decisão ainda é prematura, disse o porta-voz da polícia, Harry Namwaza, à Agência France-Press nesta quinta-feira.
A polícia e o exército continuam as buscas. “Quando terminarmos este processo, vamos declarar que os desaparecidos são dados como mortos”, afirmou Harry Namwaza, sem anunciar prazo.
Formado no início de Fevereiro na costa da Austrália, o ciclone fez uma travessia inédita de mais de oito mil km de leste a oeste no oceano Índico. De acordo com a ONU, além das graves baixas no Maláui, o ciclone Freddy também deixou 165 mortos em Moçambique, e 17, em Madagáscar,