A presidência angolana da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) considerou esta segunda-feira, 27 de Março, que a introdução do pilar económico nos estatutos da organização, cuja direcção nos primeiros três anos estará a cargo de um quadro angolano, deve melhorar o fluxo de negócios entre os Estados-membros.
Para Téte António, presidente em exercício do conselho de ministros da CPLP, o pilar económico é um elemento bastante importante para a presidência rotativa de Angola.
Para o efeito, “é preciso olhar primeiro para o quadro normativo da organização e o que fizemos até lá. É preciso rever os estatutos da própria organização e decisões que tomámos aqui”, explicou o presidente.
O diplomata angolano falava esta segunda-feira, em conferência de imprensa, no final da 16.ª Reunião do Conselho de Ministros da CPLP, que juntou em Luanda, os ministros das Relações Exteriores e dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros.
A reunião aprovou algumas resoluções, entre elas a criação da direcção de assuntos económicos e empresariais no secretariado executivo da CPLP. “E a resolução que tomámos também foi a de adequar o próprio secretariado, para estarmos em posição de implementar as decisões que tomámos relativamente ao pilar económico, isto é, com a criação de uma direcção dentro do secretariado executivo”, notou o diplomata.
Um quadro angolano vai presidir à referida direcção nos seus primeiros três anos, sendo que os sectores das finanças e planeamento têm estado a trabalhar para implementação das outras vertentes que foram propostas no quadro deste pilar, argumentou o dirigente angolano da CPLP.
Téte António falou ainda sobre a pretensão do Gabão aderir à comunidade referindo que tem havido, nos últimos tempos, um grande interesse em termos de países que têm apresentado as suas candidaturas para observador associado da CPLP.
“E o que estamos a fazer, perante este crescente interesse que saudamos, é estarmos organizados, daí a revisão do estatuto de membro observador associado. Mas, com certeza, o Gabão é um país que é bem-vindo como tantos outros países que também apresentaram candidatura para esta mesma qualidade”, assinalou.
O também ministro angolano das Relações Exteriores orientou os trabalhos desta reunião, na qualidade de presidente em exercício do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que decorreram sob o lema “O Papel dos Mares e Oceanos na Projecção Internacional da CPLP”.
A CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste