Se está, neste momento, com dificuldades em cumprir com os seus pagamentos, poderá estar a entrar numa espiral de dívida. Neste caso, não tenha receio e procure aconselhamento financeiro por parte de instituições preparadas para tal. Se tem vários créditos, o ideal será juntar todos num só, ficando a pagar uma única prestação mensal.
Assim, tenha atenção a estes quatro alertas e reaja rapidamente.
1. O seu rácio de endividamento excede 80%
O rácio de endividamento (que também poderá ser designado por taxa de esforço) mede a capacidade de um indivíduo de fazer face às suas dívidas consoante as receitas de que dispõe. Para calcular o mesmo (de uma forma simples e acessível a qualquer pessoa), basta que divida o total de todas as suas prestações mensais referentes a empréstimos pelo seu salário mensal.
Se o rácio do seu endividamento for de 100% ou mais (ou seja, deve mais do que o montante que pode pagar todos os meses), terá de arranjar um plano de reestruturação da sua dívida.
2. Os seus pedidos de crédito são rejeitados constantemente
De cada vez que tentar obter um empréstimo ou requisitar um cartão de crédito, o banco em questão irá verificar o seu historial de crédito no sentido de perceber se tem alguns créditos em incumprimento.
Alguns consumidores já endividados utilizam a técnica de pedir um crédito mais barato (isto é, com uma taxa de juro mais reduzida) para pagar outro empréstimo. Contudo, tenha atenção: uma atitude deste género poderá conduzi-lo a uma situação de sobreendividamento.
Se não estiver a conseguir obter um empréstimo, poderá ser porque não tem um bom historial, porque está em incumprimento com algum crédito ou ainda porque a sua taxa de esforço se encontra acima do limiar aceitável. Este é um sinal de que está a caminhar para o sobreendividamento.
3. Não consegue pagar mais do que o montante mínimo
Se não está a conseguir fazer os pagamentos mínimos do cartão de crédito, então as suas obrigações excedem o seu rendimento e precisará de reestruturar a sua dívida. Caso consiga apenas pagar o mínimo das prestações, continua a incorrer em dívida.
Note que os pagamentos mínimos podem não ser suficientes para cobrir os encargos mensais com juros.
4. Tem de escolher entre necessidades primárias e o pagamento das dívidas
Se todos os meses é confrontado com a escolha entre alimentar-se de forma correcta ou pagar as suas dívidas, encontra-se claramente numa situação de crise.
É normal que algumas dívidas possam causar dificuldades no seu estilo de vida – pode ter que desistir de umas férias ou deixar de comprar aqueles sapatos que queria. Todavia, repare que não é suposto estar a debater-se com necessidades básicas, como alimentar-se, pagar o seu passe de transporte ou a mensalidade do seu telemóvel, por exemplo.
A solução: agir rapidamente
Estar nesta situação económica poderá afectar o seu nível de bem-estar e ter consequências nefastas para si e para a sua família. Quanto mais rápido procurar auxílio, contactando uma instituição de aconselhamento financeiro, mais rapidamente controlará a sua dívida e mais depressa a sua vida voltará ao normal.
O que estas organizações vão fazer é actuar como intermediários em seu nome e renegociar as taxas de juro com os credores. Dois a três meses podem fazer a diferença entre uma dívida que demora alguns anos a pagar e outra que o levará à falência.
Fonte: Compara Já