O petróleo está a desvalorizar esta quinta-feira, 23 de Março, com os investidores a avaliarem as perspectivas da Reserva Federal norte-americana no que toca à política monetária, depois de, esta quarta-feira, a Fed ter subido os juros directores em 25 pontos base.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, recua 0,34% para os 70,66 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cede 0,22% para 76,52 dólares por barril.
A possibilidade de manutenção das taxas de juro em terreno restritivo e as declarações da secretária do Tesouro, Janet Yellen, que referiu que não vai assegurar todos os depósitos bancários, estão a colocar pressão na negociação das commodities.
O crude está assim a caminho da maior queda trimestral desde 2020, quando a pandemia reduziu drasticamente o consumo.
“Claramente, a visão macro vai continuar a ser o condutor para os preços no curto-prazo”, afirmou o analista do ING, Warren Patterson, à Bloomberg.
“Os comentários de Janer Yellen relacionados com os seguros nos depósitos parecem ter colocado pressão renovada nos activos de risco, incluindo o petróleo”, salientou.
No mercado do gás, os futuros estão a valorizar ligeiramente, com a possibilidade do retorno de temperaturas mais baixas na próxima semana aumentar o consumo por parte das famílias.
O gás negociado em Amesterdão (TTF) sobe 2,36% para 40,8 euros por megawatt-hora.