A empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) deve acelerar o ritmo das obras de duplicação da linha férrea de Ressano Garcia, que liga Maputo à região fronteiriça de Moamba, com vista a elevar o desempenho no transporte ferroviário de carga no Corredor de Maputo.
Os trabalhos, iniciados no ano passado, compreendem a construção de uma segunda linha a partir de Matola-Gare, no município da Matola, até à região de Secogene, na Moamba.
O desafio foi lançado esta segunda-feira, 20 de Março, em Maputo, pelo primeiro-ministro, Adriano Maleiane, na cerimónia de tomada de posse do novo presidente do Conselho de Administração da CFM, Agostinho Langa.
O primeiro-ministro entende que o recém-empossado deve colocar nas suas prioridades os trabalhos de reabilitação da linha férrea de Machipanda, de forma que capte mais carga ferroviária de e para o Zimbabué, e outros países utentes do porto da Beira, bem como a conclusão da retoma do transporte ferroviário com o Maláui, através do ramal Mutarara-Vila Nova da Fronteira.
Segundo Adriano Maleiane, o Executivo quer ver a aquisição de mais equipamento rolante, nomeadamente locomotivas, vagões e carruagens para o reforço da capacidade da empresa no transporte de pessoas e bens.
“Acreditamos que a implementação destas e outras acções irá contribuir para assegurar o contínuo desenvolvimento económico e social de Moçambique e dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral”, disse o governante, citado pelo jornal notícias.
De acordo com Adriano Maleiane, na acção governativa, o sector dos transportes constitui uma das prioridades por ser um dos principais vectores de dinamização e diversificação da economia.
“É neste âmbito que o Governo tem apostado na expansão e modernização das infra-estruturas ferroportuárias, aeroportuárias e de logística de transporte, com vista a estabelecer uma maior conectividade do País e, por conseguinte, permitir reduzir os custos de transporte, facilitar a comercialização e a circulação de pessoas”, afirmou.
O governante explicou que o novo gestor da CFM toma posse num momento em que a empresa está a implementar um vasto programa de reabilitação, ampliação e modernização das infra-estruturas ferroportuárias de modo que responda à crescente demanda do transporte ferroviário e marítimo no País e na região.