Muitos recrutadores consideram improvável contratar um job hopper por medo de formá-lo, dar-lhe experiência e perdê-lo a curto prazo. No entanto, há outros que consideram que se deve formar os trabalhadores, mesmo que se corra o risco de mudarem de empresa.
Quanto aos próprios job hoppers, as mudanças constantes podem sair-lhes caras, uma vez que podem chegar a um momento em que ninguém se aventure a contratá-los. Muitas empresas consideram que se tratam de trabalhadores pouco empenhados e que não se justifica investir neles. Por outro lado, esta instabilidade dos job hoppers é uma oportunidade para os trabalhadores seniores que procuram estabilidade laboral.
Apesar da preocupação de muitos recrutadores, há diversas vantagens que podem ter ao incorporá-los na empresa, tais como:
- Alta produtividade: como são ambiciosos e querem crescer rapidamente profissionalmente, a sua produtividade pode ser muito elevada;
- Rápida adaptação ao trabalho: estão acostumados a mudar de emprego, logo, a sua adaptação ao posto de trabalho pode ser muito célere;
- Trazem experiência acumulada de outras organizações: têm uma maior visão do mercado em geral, conhecem a concorrência e podem ajudar a gerar vantagens competitivas;
- Escolhem a sua formação: conhecem muito bem as suas necessidades de formação, pelo que, se a empresa não as satisfizer, eles mesmos a pagarão;
- Adaptação às mudanças: não representam uma ameaça para os job hoppers, pelo que até facilitam os processos necessários para ocorrer uma transformação nas empresas;
- Redes de contactos profissionais: podem ter amplas redes de contactos das quais a empresa pode beneficiar.
Assim, cabe às empresas avaliar os prós e os contras de contratar este tipo de trabalhadores, não esquecendo as alterações do mercado de trabalho e devendo tentar explorar e reter o talento destes profissionais.
Fonte: Sapo